quarta-feira, 13 de julho de 2011

Que se calem os poetas e os filósofos?

 

A busca do belo pode elevar, enlear, seduzir. A busca do belo pode acordar o homem para o feio. Como saber o que é belo sem um parâmetro?
Por Luiz Henrique Zago*
Alguns desenvolveram a capacidade de contemplar admirando-se. São semelhantes às crianças que se espantam com a realidade que é sempre nova. São garimpeiros do belo, que sabem que o verdadeiro apreciador acaba por descobrir beleza não importa onde. Seja no vento que passa ou não, na vida ou na morte, na galeria ou televisão.
(...)
Aqueles que querem manter o controle sabem como são perigosos à ordem vigente os que buscam o belo; eles têm de ser extirpados. As pessoas devem receber o bastardo, o que não pariu do artista, do filósofo, do que pensa, mas do produtor, da gravadora talvez. Recebem a arte que grita aos ouvidos, os ensurdecendo.
(...)
A música de entretenimento preenche os vazios do silêncio que se instalam entre as pessoas deformadas pelo medo, pelo cansaço e pela docilidade de escravos sem exigências." Os que querem o poder impõem valores e modelos de comportamento, criam necessidades e estabelecem uma linguagem que deve ser uniforme para alcançar todos; amorfa, assassina da criatividade, por acostumar a um recebimento passivo de todas as mensagens.

* Luiz Henrique Zago é filósofo, psicólogo e professor da faculdade da fundação educacional de araçatuba (Fac-Fea). e-mail: luishenriquezago@hotmail.com
 Adaptado da revista filosofia

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