sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

NA VIDA REAL, NEM SEMPRE SOMOS FOTÓGRAFOS



Esses dias assistindo uma reportagem sobre a arte de fotografar fiquei pensando alguns paralelos, entre o fotografo e a vida humana, que resolvi escrever algumas idéias para refletirmos.
O fotografo fica tentando captar os melhores momentos; de uma festa, de uma passeata, de uma procissão, uma pose ou simplesmente sem que menos esperemos, ele capta nossa imagem e tem um resultado espetaculoso. O curioso de tudo isso é que um segundo de diferença faz com que ele não registre aquele momento nunca mais.
Se fossemos fotógrafos na vida real, não perderíamos tanto tempo com o que nos atrai, porém nos desvia do foco principal. Quantas coisas deixamos de lado ou temos que abandonar por que fizemos fotografias no momento atrasado, isto é, por que não sabemos dá um não no momento certo ou um sim ao que era certo e nos fazia feliz. Muitas vezes somos atrasados ao sim do foco principal de nossa vida por que por questão de segundos nos devíamos do foco e perdemos o retrato que gostaríamos que fosse o da nossa vida, e por isso vamos viver o resto dela nos lamentando e sentindo a falta de uma atitude na hora certa mesmo que essa nos traga conseqüências.
O fotografo para fazer boas fotos enfrenta muitos obstáculos, como os maus entendidos as reprovações e correm até risco de vida como fotografar em uma avenida movimentada, em uma manifestação violenta ou algo semelhante, entretanto o que seria do cenário cinematográfico se não fosse à coragem dos fotógrafos em registrar cada momento ariscado. A vida humana não deveria ser diferente, contudo estamos sempre adiando as nossas decisões, umas por medo, outras por própria covardia de não saber da um clique (não/sim) na fração de segundos correta como o fotografo. Daí o tempo todo ficamos nos perguntando por que a vida não é assim? Naquele tempo era assim ou eu deveria ter agido assim? E por ai vai, a vida inteira lamentando, por não ter tido a coragem de fotografar o que interessava por medo das conseqüências, sem levar em consideração que as implicações futuras poderão ser bem maiores e irreversíveis.
Como o fotografo que decide o que focaliza e eis ai à eficácia da sua realização profissional com sucesso ou não. Também na vida real nós não somos nada mais que as decisões que tomamos ou deixamos de tomar, sejam elas escolhidas por liberdade própria ou por uma determinada situação que tivemos que escolher alguma que não se pode mais voltar atrás e dai vamos levando a vida como se diz no popular brasileiro ‘mais ou menos’. Por isso que na vida real devemos aprender com os fotógrafos, dá o clique na hora certa, seja ele sim ou não, pois nos traz uma vida de felicidade embora proporcione momentos difíceis.
Ijaelson Clidório Pimentel